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Às comunidades cristãs comprometidas com a paz!

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Carta sobre um mês de guerra entre Israel e Palestina

A noite da cidade é escura, exceto pelo brilho dos mísseis; silenciosa, exceto pelo som dos bombardeios; assustadora, exceto pela garantia das súplicasHeba Abu Nada (1991-2023)

Queridos irmãos e irmãs,

Esta semana marcou um mês de guerra entre Israel e Palestina. Desde o dia 07 de outubro, acompanhamos, de forma estarrecida e com sentimento de impotência, este que já é considerado o primeiro caso de genocídio transmitido em tempo real para o mundo inteiro.

Precisamos fazer memória das 1.400 mortes ocorridas em Israel em função dos ataques perpetrados pelo grupo Hamas, no dia 07 de outubro. Da mesma forma, devemos ter presentes em nossas orações as pessoas israelenses feitas reféns. Pedimos que as autoridades do mundo se empenhem na promoção de diálogos e negociações pela libertação destes reféns. 

Que em nossas celebrações deste final de semana, possamos refletir sobre a insensatez da violência e orar para que as autoridades com poder de tomar decisão pelo término da guerra não sejam orientadas pelo ódio, pelo racismo e pela incapacidade de compreender que a Palestina, desde os tempos bíblicos, é uma terra de múltiplos povos. 

Neste momento de oração e reflexão, urge colocar no centro de nossos corações e mentes as mais de 10.000 pessoas assassinadas pelas ações do Estado de Israel, sendo que, destas, mais de 4.000 são crianças. Exigir o direito do povo palestino existir, ter acesso à terra, não ser impedido no seu direito humano de ir e vir são agendas mínimas para uma humanidade que realmente se importa com a vida.

Orar pela paz é a exigência ética deste momento, no entanto, a paz precisa ter consequências, sendo que, de imediato, é urgente o cessar fogo para que a ajuda humanitária realize o atendimento às vítimas. A paz deve ser aprofundada com o fim do apartheid vivido pelo povo palestino, direito ao retorno e à compensação para as pessoas palestinas e seus familiares em diáspora, direito à verdade e à justiça, o que significa um processo de justiça de transição para análise da violação dos direitos humanos associada às práticas colonialistas de Israel e de outras potências cúmplices desta violação. 

Por fim, pedimos pelas 34 pessoas que estão aguardando autorização para deixarem a Faixa de Gaza rumo ao Brasil. 

Neste momento, pessoas de tradição judaica, cristã e muçulmana precisam dar seu testemunho profético de que nosso Deus quer misericórdia e não sacrifício. Deus quer de nós o conhecimento sobre Ele, mais do que holocausto (Cf. Os 6.6).

CONIC - Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil

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