Uma reparação histórica: itens representativos das religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé, apreendidos pelo Estado brasileiro entre 1889 e 1945, deixarão o Museu da Polícia Civil e irão para o Museu da República, localizado na cidade do Rio de Janeiro. A medida foi possibilitada após uma ação mediada pelo Ministério Público Federal (MPF).
Os itens que estavam mantidos na Polícia Civil mostram um passado nada amigável, onde o Código Penal Brasileiro discriminava as religiões afro-brasileiras e definia como crime a “prática do espiritismo, da magia e seus sortilégios”.
Esse, aliás, foi o motivo pelo qual tais peças eram apreendidas em terreiros. Durante a Primeira República, e também na Era Vargas, a perseguição foi especialmente mais forte.
Felizmente, hoje, os praticantes dessas religiões têm seus direitos assegurados – embora grupos fundamentalistas cristãos vêm empenhando cada vez mais força na perseguição contra tais religiões, inclusive com episódios de violência verbal e física.
CONIC com informações de agências
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