
O Comitê Presidencial Superior para Assuntos da Igreja na Palestina emitiu um comunicado denunciando a intensificação dos ataques contra a presença cristã na Terra Santa. Recentemente, tivemos a triste notícia de um ataque israelense à Igreja Latina da Sagrada Família, em Gaza, deixando mortos e feridos.
O padre Gabriel Romanelli esteve entre os feridos, e a igreja sofreu extensos danos estruturais, que o Comitê considera deliberados. O ataque ocorre em meio ao cerco contínuo e às ações militares em Gaza, que têm atingido também locais religiosos muçulmanos - com mesquitas sendo destruídas por bombardeios ferozes.
Trata-se de uma realidade perigosa, que, no caso da comunidade cristã, representa uma ameaça existencial à sua presença na Terra Santa. Em carta, o Comitê denuncia uma política sistemática de destruição e profanação de locais sagrados, acompanhada de um silêncio internacional que não pode mais ser justificado moral ou legalmente.
Além dos acontecimentos em Gaza, o comunicado também relata episódios de violência na histórica cidade cristã de Taybeh, próxima a Ramallah. De acordo com o Comitê, colonos israelenses invadiram a Igreja de São Jorge e um cemitério cristão local, profanando os espaços e intimidando a comunidade.
O texto afirma que os ataques não são aleatórios, mas fazem parte de uma campanha sistemática contra igrejas, líderes religiosos e comunidades cristãs inteiras na Palestina.
Diante do cenário, a entidade palestina conclama as igrejas do mundo a se manifestarem publicamente e a adotarem uma posição moral firme. Entre os pedidos, estão:
- Que as igrejas responsabilizem o Estado israelense pelas ações descritas;
- Que assumam seu papel ético e espiritual diante das violações do direito internacional;
- Que pressionem governos e instituições internacionais para interromper os ataques e combater a impunidade.
O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) conclama as igrejas comprometidas com o direito à existência de todos os povos – em especial o povo palestino, em toda a sua diversidade territorial, cultural, religiosa e humana – a assumirem uma voz pública e profética pelo fim do genocídio.