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Briga entre igrejas: um reino dividido jamais subsistirá

 
Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado;
e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.” 
(Mateus 12:25)
 
Faça um teste você mesmo: digite o nome de qualquer Igreja no Google ou em outro buscador (como o YouTube). Verá que para cada resultado positivo falando sobre a referida Igreja, é bem possível que ache outros tantos com inumeráveis críticas negativas (muitas infundadas) em relação àquela denominação.
 
O crítico tem o vício de colocar uma lupa sobre problemas pequenos, sem importância concreta, e faz questão de enfatizar apenas o lado ruim do objeto da crítica, neste caso, a Igreja. Note: devemos ter uma visão crítica das coisas, mas enfatizar apenas o lado ruim não parece ser o melhor caminho a seguir. No caso do cristianismo, só causa mais divisões no Corpo de Cristo.
 
Tantas divisões dão testemunho de um povo que não compreendeu o valor da unidade. Por maiores que sejam as nossas diferenças, o que nos une é muito maior. Todas as igrejas professam sua fé em Jesus Cristo (At 4:12); reconhecem a importância da caridade (Mt 25:31-46); e estão comprometidas em anunciar as Boas Novas (Mc 16:15). O que vem depois disso, na maior parte das vezes, é acessório. E é justamente nesses pontos acessórios que muitas lideranças mais se prendem em suas críticas "ao outro"... mesmo quando, no essencial, que é a fé em Jesus Cristo, está tudo em perfeita concordância.
 
Quando aqueles 21 cristãos egípcios foram capturados na Líbia, pouco importou se eles eram metodistas ou anglicanos. Católicos ou ortodoxos. Os agressores não queriam saber se alguém ali do grupo acreditava na transubstanciação ou na consubstanciação. Muito menos se guardavam o sábado como dia santo, o domingo, ou dia nenhum. Também foi irrelevante se suas denominações eram classificadas como inclusivas ou tradicionais. A isso o papa Francisco cunhou um termo interessante: ecumenismo de sangue.
 
Enquanto isso, continuamos com nossos queixumes, textões nas redes sociais e uploads de vídeos no YouTube denunciando que a igreja X realizou um casamento que eu não concordava; ou que batizou uma pessoa que não deveria; ou que é “fechada” demais e que deveria se modernizar; ou que não aceita tal doutrina; ou que etc., etc., etc., etc., etc. Definitivamente, perdemos muito tempo “dividindo o Reino”, enquanto poderíamos, juntos, mesmo nas diferenças, trabalhar por um mundo melhor, anunciando as Boas Novas com atos concretos!
 
Claro que sua fé é algo importante. E não quero que você abandone a crença naquilo que você considera essencial. Mas não dá pra sair atacando quem não crê como você. Não dá pra sair por aí difamando outras denominações só porque elas não “leem” a cartilha que foi lida na sua igreja. No Reino de Deus há diversidade. Há muitas moradas (Jo 14:2). Lá encontraremos irmãozinhos e irmãzinhas de todo tipo: tradicionais, reformistas, inclusivos, evangelistas, etc.
 
No dia em que compreendermos que aquilo que eu ataco na igreja ao lado não representa nada se comparado a Cristo que nos une, deixaremos de atirar tanta pedra no telhado do vizinho e passaremos a caminhar com ele, inclusive ajudando-o a consertar seu telhado.
 
Se você não gosta de uma determinada denominação, que tal, ao invés de só apontar erros, buscar ver o que ela tem feito de bom para a sociedade e para os membros que lá frequentam? Eu tenho certeza que em todas, sim, em TODAS conseguiremos ver algo de bom
 
Gosto muito da passagem que diz: “se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso.” (Mt 6:22,23) Sabe como eu a interpreto? Quem tem olhos bondosos consegue ver beleza em tudo. Mas quem tem olhos maldosos, até no que é bom conseguirá ver algum traço de sujeira, algum motivo para comentários severos.
 
Peçamos a Deus paciência e sabedoria para que enxerguemos aquilo que há de bom nos outros. Afinal, em um mundo onde não vemos a trave que está em nosso olho, sempre seremos tentados a apontar para o cisco que há no olho do irmão.
 
Foto: Pixabay

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