A Campanha da Fraternidade (CF 2019) acaba de ser lançada oficialmente pelo Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Dom Sérgio da Rocha, que estava acompanhado na cerimônia pelo secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Além deles, também foram convidados para o ato Geniberto Paiva Campos, médico cardiologista do Observatório do Distrito Federal; Gilberto Vieira dos Santos, secretário-adjunto do Conselho Indigenista Missionário (Cimi); e Vânia Lúcia Ferreira Leite, membro da Pastoral da Criança e do Conselho Nacional de Saúde.
Dom Sérgio recordou a mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade, que pode ser lida aqui, e disse que um dos principais objetivos é contribuir para o conhecimento da importância do tema e promover uma participação maior na elaboração de políticas públicas nos diversos âmbitos da vida social (saúde, educação, segurança pública, meio ambiente, etc.) temas já trabalhados em anos anteriores.
Dom Sérgio explicou que é importante refletir sobre o tema por meio de encontros de formação, palestras, debates e rodas de conversa. Há diversos modos de participar da vida política, muito além da militância em partidos políticos, como participação em conselhos paritários, em audiências públicas, em movimentos sociais e tantas outras iniciativas de cidadania responsável.
Missão profética
O Presidente da CNBB também afirmou que “as políticas públicas devem assegurar e efetivar direitos fundamentais da população, a começar dos mais pobres e vulneráveis. O bem dos pequenos e fragilizados é critério para assegurar se a política está efetivamente a serviço do bem comum. Os pobres e excluídos não podem ser esquecidos; ao contrário, devem ser considerados com especial atenção e elaboração de políticas públicas“.
Mais uma vez, a Igreja não pretende oferecer soluções técnicas para os problemas sociais, nem se deixa guiar por ideologias ou partidos. Cumpre a sua missão profética nas condições concretas da história, oferecendo aquilo que tem de mais precioso: a luz da fé, a Palavra de Deus, os valores do Evangelho. “A Igreja oferece critérios, princípios, valores éticos, a serem acolhidos na ação político partidária e demais iniciativas no âmbito político, tendo como grandes fontes a Palavra de Deus e a Doutrina Social da Igreja”, disse.
Sociedade
O presidente da CNBB fez a seguinte constatação: “A Campanha da Fraternidade tem repercutido não apenas no interior das comunidades católicas, mas também nos diversos ambientes da sociedade. Pela sua natureza, ela sempre vai muito além da Igreja Católica. Tem contado, cada vez mais, com a participação de muitas entidades da sociedade civil, de escolas, de outras igrejas cristãs e de órgãos públicos. A Campanha exige ações comunitárias, além das iniciativas pessoais. Exige sempre com muito diálogo, reflexão e ação conjunta, especialmente para desenvolver o tema das políticas públicas. A construção de políticas públicas deve ser tarefa coletiva numa sociedade democrática e participativa“.
Fonte: CNBB
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