
Em alusão ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) participou de duas importantes atividades realizadas em Brasília, reforçando seu compromisso com a promoção da liberdade religiosa e o diálogo inter-religioso.
No dia 20 de janeiro, o Auditório da Biblioteca Nacional recebeu a roda de conversa "Liberdade de Crenças e Convicções: Desafios para a Garantia de Direitos e da Laicidade". Representando o CONIC, a secretária-geral, pastora Romi Bencke, destacou em sua fala que a liberdade religiosa no Brasil enfrenta desafios complexos. Ela alertou para o fato de que, muitas vezes, a liberdade religiosa tem sido usada como justificativa para reforçar desigualdades estruturais baseadas em racismo, gênero e classe. “Historicamente, a liberdade religiosa no Brasil foi construída de forma restritiva, excluindo tradições fora do arcabouço judaico-cristão, como as cosmovisões indígenas e as tradições africanas”, afirmou.

A roda de conversa foi um espaço de reflexão profunda sobre os desafios e caminhos para a garantia de direitos no campo da religião.
Nos dias 21 e 22 de janeiro, o 1º encontro da série "Diálogos Inter-religiosos: Construindo Uma Cultura de Paz" foi realizado no Auditório do Instituto Federal de Brasília, promovido pela Coordenação-Geral de Promoção da Liberdade Religiosa, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (CGLIB/MDHC). A reverenda anglicana Tatiana Ribeiro representou o CONIC nesse evento, que teve como tema "O Papel da Religião na Promoção da Paz: Construindo Pontes e Entendimentos Mútuos". A atividade reuniu líderes religiosos, gestores públicos, acadêmicos e representantes da sociedade civil para dialogar sobre como a diversidade religiosa pode ser um catalisador para a construção de uma cultura de paz.

Os debates enfatizaram a importância de superar preconceitos e encontrar, na pluralidade de crenças, inspirações para promover entendimentos mútuos e harmonia social.
Ao longo dos dois eventos, o CONIC reafirmou sua missão de lutar contra a intolerância religiosa e promover uma convivência baseada no respeito, na igualdade e no diálogo. Que o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa seja um chamado à ação para que possamos construir uma sociedade mais justa e inclusiva não apenas neste dia, neste mês, mas ao longo de todo o ano.