A pastora Romi Bencke, secretária-geral do CONIC, esteve presente no evento de criação do Conselho de Participação Social, realizado no Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 31 de janeiro. Na oportunidade, ela representou o CONIC e, também, a Abong, organização na qual integra o Conselho de Ética.
Com a criação do Conselho de Participação Social, o governo do presidente Lula espera dar mais voz às organizações da sociedade civil e movimentos sociais no âmbito da administração pública.
1. Romi, qual é a importância, ao seu ver, da recriação desse conselho?
A criação deste Conselho é de fundamental importância, pois viabiliza o diálogo dos Movimentos Sociais, OSCs e organizações baseadas na fé com a Presidência da República. Estes caminhos de diálogo eram inexistentes no último governo.
2. Como você acha que uma Instituição de viés religioso, ecumênico, como o CONIC, pode contribuir?
Avalio que instituições ecumênicas e de diálogo inter-religioso podem contribuir afirmando a laicidade do Estado como princípio de um Estado plural, além de colocar no centro da discussão a interdependência, inter-relação e indivisibilidade do direito à liberdade religiosa com todo o arcabouço dos direitos humanos.
3. E quais devem ser os principais desafios de um Conselho tão diverso quanto esse?
Compreender que no contexto atual algumas pautas devem ser prioritárias, como as políticas antirracistas, enfrentamento ao feminicídio, segurança alimentar.
Foto: Ricardo Stuckert/PR