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Delegação do Governo Alemão se reúne com organizações da sociedade civil no Brasil

Delegação do Governo Alemão se reúne com organizações da sociedade civil no Brasil



Na manhã do dia 10/02, em Brasília, organizações da sociedade civil receberam uma delegação do governo alemão e representantes da Embaixada da Alemanha no Brasil para um diálogo sobre a liberdade religiosa e a relação desse direito com a garantia dos territórios tradicionais. O encontro reuniu representantes de entidades que atuam junto aos povos indígenas e comunidades tradicionais, trazendo relatos sobre os desafios enfrentados na luta pelos direitos originários.

A caravana alemã foi composta pelo chefe do gabinete do Comissário do Governo Federal para a Liberdade de Religião ou Crença, Wolfram Stierle, além de representantes da Embaixada da Alemanha e da Misereor, organização da Igreja Católica alemã voltada à cooperação para o desenvolvimento. Além das reuniões na capital, a delegação também visitou comunidades indígenas no Mato Grosso do Sul e em São Paulo.

No encontro em Brasília, representantes de organizações como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Terra de Direitos, Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) e Conselho de Missão entre Povos Indígenas (Comin) apresentaram dados sobre as violências sofridas pelos povos indígenas e discutiram o posicionamento do Estado brasileiro diante desses direitos.

Debate sobre racismo religioso

No domingo (09), a delegação participou de uma reunião na Embaixada da Alemanha, onde foi abordada a realidade da liberdade religiosa no Brasil, especialmente em relação à perseguição contra terreiros e casas de reza dos povos originários.

Em seguida, a comitiva seguiu para uma visita guiada à Praça dos Orixás, conduzida por Mãe Baiana, e depois para o terreiro Casa Luz de Yorima, da cabocla Jupiara. Esses encontros foram fundamentais para que os visitantes compreendessem como o direito à liberdade religiosa no Brasil ainda é restritivo, impactado pelo racismo estrutural e pelo histórico colonialista.

Ouvir diretamente das pessoas que sofrem com as restrições ao livre exercício de sua fé contribuiu para reforçar que a liberdade religiosa não pode ser debatida de forma isolada, mas deve ser compreendida em sua interseccionalidade com o racismo e as estruturas de poder.

A visita da delegação alemã ao Brasil representa um passo importante para a ampliação do debate internacional sobre a liberdade religiosa e os desafios enfrentados pelos povos indígenas e de matriz africana, reafirmando a necessidade de políticas públicas que garantam o pleno respeito à diversidade de crenças no país.

Veja mais fotos da visita neste link.

Foto: Adi Spezia | Cimi

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