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Em Brasília, Dia do Ubuntu tem visita ao primeiro Terreiro Tambor de Mina da capital 

Em Brasília, Dia do Ubuntu tem visita ao primeiro Terreiro Tambor de Mina da capital 

Pessoas cristãs e de outras confessionalidades religiosas se uniram, em todo o Brasil, para o Dia do Ubuntu, uma ação que motivou abraços a terreiros e casas de fé de religiões de matriz africana. A ação teve por objetivo levar solidariedade às pessoas frequentadoras desses locais – que tanto sofrem preconceito e racismo religioso. Em Brasília, o abraço ao terreiro foi no sábado, 17 de setembro, na Tenda de Mina Jeje Cabocla Mariana.

Liderado pela Mãe Leila de Obá, a casa de culto já teve que se mudar do seu antigo endereço em função de intolerância religiosa. Hoje, Mãe Leila está num local improvisado, que carece de estrutura necessária às atividades da Tenda. 

“Nosso objetivo com esse abraço foi não só dizer que somos empáticos aos nossos irmãos e irmãs de terreiro, mas também fazer algo concreto. Em relação à Tenda de Mina Jeje Cabocla Mariana, queremos, junto com os parceiros que lá estavam conosco, fazer alguma mobilização para que Mãe Leila e seus filhos consigam um local mais adequado e estrutura para seguirem tocando seus trabalhos”, explicou a secretária-geral do CONIC, pastora Romi Bencke.

A Tenda de Mina Jeje Cabocla Mariana é o primeiro Terreiro Tambor de Mina de Brasília. “Fiquei muito feliz com a visita. Na verdade, todos ficamos imensamente felizes e agradecidos por tudo o que aconteceu! Esse tipo de coisa faz a gente acreditar que ainda é possível haver um mundo melhor”, declarou Mãe Leila.

Ao todo, cerca de 20 pessoas estiveram presentes na ação, incluindo representantes do Fórum Ecumênico ACT – Brasil, do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (CENARAB), da Associação Brasileira de ONGs (ABONG) e da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político; do coletivo Espiritualidades em Ação; Comunidade Bahaí; Iniciativa das Religiões Unidas; CEBI/DF; Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil; Instituto pelo Diálogo Intercultural; Conselho Indigenista Missionário; Aliança de Negros e Negras Evangélicos do Brasil; RENAFRO; Ilê Axé Oya Bagan e Comitê Diversidade Religiosa/DF.

“Esse tipo de ação é a melhor forma que temos de contrapor o ódio, a intolerância e o racismo religioso, pois afirmamos o diálogo no lugar do ódio. É em momentos como esse que a gente vai ao encontro do outro, ouve o que ele ou ela passa e, na medida em que conhecemos essa nova realidade, a gente consegue quebrar as intolerâncias. Conhecer aquilo que a gente não conhece é o primeiro passo para aprender a amar”, concluiu Romi.

Foto de capa: Cléber Araújo 
Demais fotos: Pedro Bezerra

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