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Juventude, sexualidade e DH: construindo pontes e aprendizados

 
Cidade Tiradentes é um daqueles bairros bem afastados do Centro de São Paulo. Você anda, anda, anda e nunca chega. E quando chega, o clima parece, por vezes, com aquelas cidadezinhas de interior. Muita gente circulando nas ruas, muitas casas, comércios, serviços.
 
Um deles é o CEDESB – Estação do Saber, antigo Centro da Juventude. Lá, mais de 100 pessoas, em sua maioria jovens e adolescentes, participam de cursos de capacitação nas áreas de administração e recursos humanos. A turma da manhã é bem diversa. Adultos, idosos, adolescentes, jovens. A turma da tarde, por conta do horário, é basicamente formada por adolescentes.
 
Há cerca de 7 quilômetros dali, fica a Escola Estadual Professor Guerra Junqueiro, em Guaianazes. O trajeto de carro, entre os dois lugares é de 20 minutos. De transporte público, mais de 1 hora. Um lugar também repleto de juventude.
 
E há mais ou menos 10 quilômetros de Guaianazes está o espaço da organização de jovens São Mateus em Movimento, no bairro de São Miguel, também na zona leste de São Paulo.
 
Bairros vizinhos, com uma população de perfil parecido e com muitos dos mesmos problemas na falta de planejamento de políticas públicas. Além disso, o que mais essas regiões têm em comum? Uma juventude com vontade de ser, de aprender, absorver, se descobrir e descobrir um mundo cheio de possibilidades.
 
São nestes espaços que as oficinas do projeto Prevenção Sem Fronteiras*, parceria de KOINONIA com o Programa Municipal de DST/ Aids de São Paulo, vem atuando desde abril de 2018. O objetivo não é “levar conhecimento” sobre as questões de direitos humanos, prevenção e sexualidade, e sim construir junto pontes de diálogo e trocar experiências de aprendizado com a juventude.
 
Para Beatriz Barbosa, 14 anos e aluna da E. E. Guerra Junqueiro, “a gente tem que saber nossos direitos na sociedade agora que estamos na nossa adolescência, para quando chegarmos à idade adulta sabermos respeitar o direito do próximo é saber lutar pelos nossos. Uma pessoa tem o direito de sair na rua sem ser assediada ou atacada pelas outras pessoas. Todos temos os mesmos direito não importa se é gay, lésbica e etc.”
 
A metodologia das oficinas engloba temas como participação juvenil, direitos humanos, intolerância religiosa, comunicação, prevenção e sexualidade. E além dos momentos de roda de conversa, são realizados momentos práticos de dinâmica como, por exemplo, o jogo Prevenidas Game, um jogo de tabuleiro humano sobre prevenção.
 
E Mariane Cardoso, de 15 anos e também aluna acrescenta: “Eu achei muito legal o jogo da prevenção, muitas vezes a gente não tem uma abertura para falar em casa sobre o assunto, temos vergonha. É legal conversar sobre isso para a gente saber o que fazer”.
 
Fonte: Koinonia
Foto: Reprodução

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