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Não há justiça enquanto mulheres são responsabilizadas pelos crimes que sofrem

 
O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) expressa solidariedade à Mariana Ferrer e sua família, ao mesmo tempo em que se soma às inúmeras vozes de indignação e inconformidade em relação às cenas e argumentos estarrecedores da audiência que declarou inocente um homem acusado de estupro, sob o argumento de “estupro culposo”. 
 
A audiência em questão foi o retrato perfeito de um país caracterizado por altos índices de feminicídio, estupros coletivos e pela cultura misógina.
 
A cena de homens contra uma jovem que precisou reivindicar o direito à defesa é repugnante. Igualmente repugnante é ver o sistema de justiça pisotear a Lei e a Constituição do País. 
 
De tudo que assistimos, o mais escandaloso foi constatar que o agente de acusação tornou- se o algoz da vítima. Foi do promotor que partiu a tese de “estupro culposo”, que nem sequer existe na legislação brasileira. 
 
Esperamos a apuração imediata das responsabilidades de todos os agentes envolvidos. Que Mariana possa ter o direito à reparação pelas violências e pelas humilhações sofridas. 
 
Sob hipótese alguma, podemos aceitar o argumento de “estupro culposo”, pois isso abre um perigoso precedente de culpabilizar as vítimas e inocentar os agressores.  
 
Não há justiça enquanto mulheres são responsabilizadas pelos crimes dos quais são vítimas.
 
CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
 

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