Membros do CONIC-MG realizaram, no último dia 7 de novembro, de forma virtual, sua Assembleia Geral Ordinária e Eletiva. Além da avaliação e apreciação, seguida de aprovação dos Relatórios de Atividades e parecer do Conselho Fiscal da gestão 2018-2020, foi eleita a nova Diretoria do CONIC-MG para o biênio 2020-2022.
Veja como ficou o novo quadro:
Presidente:
Diácono Amauri Dias de Moura, da Igreja Católica Apostólica Romana - ICAR
Vice-Presidente:
Reverendo Bernardino Ovelar Arzamendia, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil - IEAB
1º Secretário:
Janett Alves Teixeira, da Igreja Católica Apostólica Romana - ICAR
2º Secretário:
Pastora Mara Parlow, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB
1º Tesoureiro:
Alex Sandro de Oliveira Sodré, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil - IEAB
2º Tesoureiro:
Reverendo Pastor Jorge Eduardo Diniz, da Igreja Presbiteriana Unida - IPU
No Conselho Fiscal foram eleitos:
Titulares:
Reverendo Robert Delano de Souza da IEAB (reeleito/reconduzido)
Pastora Aneli Schwarz da IECLB (reeleito/reconduzido)
Reverendo Antônio Marcos de Souza da IPU (reeleito/reconduzido)
Suplentes:
Edward Neves Monteiro de Barros Guimarães da ICAR
Reverendo Daflas Alexandre da Cruz da IPU (reeleita/reconduzida)
Maria de Fátima Cerqueira da ICAR (reeleita/reconduzida).
Para compreender melhor como o movimento ecumênico tem se articulado em Minas Gerais, conversamos com o presidente eleito, Amauri. Confira:
1. Amauri, como você avalia o movimento ecumênico em Minas Gerais? Quais as principais dificuldades e as maiores alegrias que você tem testemunhado?
Amauri: O movimento ecumênico em Minas Gerais, em especial o trabalho do CONIC-MG, tem vivido uma crescente nos últimos anos. Avanços como uma maior presença e incidência social/caritativa, por exemplo, em Brumadinho, após o crime da Vale. Uma maior parceria com grupos e movimentos sociais. O CONIC-MG adotou, recentemente, seus primeiros Membros-Fraternos. Nos últimos dois anos, uma aproximação à Comissão de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB Leste (MG e ES) também tem dados frutos. Dentre os muitos desafios, temos o de alcançar uma maior presença em demandas sociais em favor da Vida, uma abertura e acolhida de novas Igrejas-Membro e maior interiorização.
2. Você é diácono permanente, certo? Pode nos contar um pouco mais da sua história, tanto na Igreja Católica, quanto no movimento ecumênico?
Amauri: Nasci em Belo Horizonte, Minas Gerais. Sou casado, pai, servidor público estadual na Secretaria de Estado de Educação de MG, na área de TI, minha formação superior. Sou diácono permanente da Igreja Católica Apostólica Romana, incardinado na Arquidiocese de Belo Horizonte, Minas Gerais, desde 18 de novembro de 2017. Minha vida eclesial e participação do ecumenismo é antiga, desde a infância, atuando como coroinha, catequista, vicentino, grupo de jovens, missões, etc. Depois, passei por pastorais e grupos como a Comissão Pastoral da Terra, CEBI-MG, dentre outros.
Participo das atividades ecumênicas há mais de duas décadas, celebrações ecumênicas, exéquias, reflexões teológicas, cursos do CEBI-MG e, desde os idos de 2004 mais ou menos, estou no CONIC-MG. Diretamente na diretoria do CONIC-MG estou desde 2015/2016, colaborando desde a gestão de pastora Aneli Schwarz, luterana. Desde 2016 estava servindo como 1° secretário. No biênio 2020-2022, conforme um acordo entre as Igreja-Membro, a gestão ficou a cargo da Igreja Católica, quando então passei a ser cogitado a assumir esse serviço pelos membros da Diretoria e por irmãos das Igrejas-Membro e dos grupos Membros-Fraternos.
3. Quais serão as prioridades da diretoria eleita para os próximos anos?
Amauri: “Servir a todos e todas com a força das nossas Igrejas, com o específico de nossas Igrejas, o específico de nossos grupos, somados, irmanados, acolhendo essa diversidade como dom e compromisso”, declarei no vídeo, no momento da posse da Assembleia.
Eleito junto com irmãos e irmãs das Igreja Católica Apostólica Romana, da Igreja Presbiteriana Unida, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, assumimos os desafios e esperanças de colaborar na animação e boa realização da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021, Semanas de Oração pela Unidade Cristã e outros momentos orantes, estreitar os laços do CONIC-MG com a academia (cursos de Teologia, Ciências da Religião e afins, cursos de leigos/básicos, graduação e pós), avançar nas parcerias com os Membros-Fraternos, como o CEBI e o Movimento Mineiro de Fé e Política, dentre outros. Crescer na unidade, na diversidade, dentro e fora de nossas Igrejas, ampliando a participação de outras Igrejas e Comunidades Cristãs no estado e, o mais importante, ser presença fraterna e solidária ao povo, em especial os pobres, sofredores, indefesos, inocentes e no cuidado da criação, animados pela fé e serviço comum a Jesus. Avançar na interiorização do CONIC-MG com núcleos e grupos parceiros e novos Membros-Fraternos também.
Em resumo, pra você, o que é ecumenismo?
Amauri: Ecumenismo é ir lá onde o Cristo está sofrendo, para dentro de nossa Igrejas, sacudir as estruturas. É servir onde a vida clama socorro e nos interpela o Cristo na humanidade. O ecumenismo acontece na busca do Cristo. Servir a todos e todas com a força da nossas Igrejas, com o específico de nossas Igrejas, o específico de nossos grupos, somados, irmanados, acolhendo essa diversidade como dom e compromisso.
A gravação da Assembleia 2020 do CONIC-MG está disponível pelo nosso canal Youtbe no link https://youtu.be/Hiyf8upkito.
Crédito da foto: Acervo pessoal/Amauri
Obs.: as opiniões aqui manifestadas não necessariamente representam o posicionamento do CONIC
