O pastor sinodal Guilherme Lieven, do Sínodo Vale do Itajaí, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), com sede em Blumenau/SC, esclareceu no documento “As Comunidades e Paróquias do Sínodo Vale do Itajaí denunciam a ligação abominável da sua confessionalidade luterana com grupos nazistas e da Ku Klux Klan”, e também uma nota à imprensa, em reação à reportagem de Lucas Paraizo no NSC Total, que apresenta resultado da pesquisa da Dra. Adriana Dias, doutora em Antropologia Social pela Universidade de Campinas/SP, que identifica 69 grupos nazistas em atividade em Santa Catarina e dois grupos da Ku Klux Klan em Blumenau, condenando a ligação de um desses grupos ao que a reportagem qualifica de “luteranismo”.
O “luteranismo”, se identifica com a vivencia da fé cristã em comunidades no âmbito da IECLB, com base em quatro princípios bíblico-teológicos: somente a fé, somente Cristo, somente a graça, somente a Escritura Sagrada. Tal vivência da fé é antagônica a pessoas e grupos que se identificam como nazistas e da Ku Klux Klan e promovem a violência, a humilhação, a discriminação, o culto à supremacia racial branca e outras ações que ameaçam a população e a sociedade civil. É um contrassenso ligar ao luteranismo os objetivos e conteúdos ideológicos destes grupos ou das pessoas que os integram.
“Como IECLB no Vale do Itajaí, rechaçamos qualquer ideologia de cunho racista, discriminatório, humilhante ou fascista. Outrossim, não nos responsabilizamos por eventuais fiéis ligados à IECLB que particularmente se declaram de confissão luterana e, simultaneamente, pertencem a qualquer desses grupos cujas ideologias condenamos. Nos posicionamos, enquanto luteranos que somos, como parte de uma instituição eclesiástica que alicerça sua crença e vivência de fé na justiça, no amor e na reconciliação de Deus revelada no Evangelho”, afirmou.
Com informações da IECLB