"Amarás a Deus e a pessoa próxima como a ti mesmo." (Lc 10.27)
No Brasil, o diálogo entre movimento ecumênico e igreja pentecostais ainda é bastante incipiente. Ao longo da história, ocorreram tentativas de aproximação, no entanto, tímidas e com poucos avanços.
A tradição cristã nasce plural, conforme lemos em At 2.4, muitas línguas, diferentes povos, culturas e visões de mundo constituem o discipulado de Jesus Cristo. Esta grande diversidade de seguidores e seguidoras de Jesus está presente em nosso país. Aqui, podemos identificar, pelo menos, três grandes ramos do cristianismo:
- católicos romanos,
- ortodoxos,
- protestantes de missão e imigração e pentecostais.
Não é novidade que, nos últimos tempos, assistimos uma significativa ascensão de grupos de matriz cristã com tendências pouco dialogais e que tendem a fortalecer no espaço público mensagens que pouco se aproximam da Boa Nova de amor e misericórdia de Jesus de Nazaré.
Infelizmente, estes grupos não se restringem a um determinado ramo do cristianismo, mas estão presentes em todas as suas expressões, comunicando uma imagem da tradição cristã que se distancia das experiências do Cristo crucificado e ressuscitado vividas pelas primeiras comunidades cristãs.
Como Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, cremos fielmente que todas as vertentes da tradição cristã estão comprometidas com a acolhida, com a cultura do encontro, com o anúncio da paz e da reconciliação. As divisões, ódios e intolerâncias não fazem parte do anúncio da Boa Nova.
Compreendemos e acolhemos nossos diferentes jeitos de viver a fé e acreditamos que podemos oferecer à sociedade brasileira o testemunho da unidade na diversidade. É possível que as diferentes expressões da tradição cristã deem ao Brasil o exemplo do diálogo, da oração comum, do amor à pessoa próxima, do respeito às diferenças e da prática da justiça.
Animados e animadas com a Semana de Oração pela unidade Cristã de 2024, cujo tema foi "Amarás a Deus e a pessoa próxima como a ti mesmo". (Lc 1.27), o CONIC convida você para participar da Primeira Mesa de Diálogo entre Movimento Ecumênico e igrejas pentecostais. O objetivo da mesa é o de reconhecer o que nos divide e buscar aproximações para o testemunho comum para a superação das intolerâncias. Os resultados desta primeira mesa de diálogo subsidiarão um encontro presencial previsto para o mês de dezembro de 2024.
PROGRAMAÇÃO
14h00: Acolhida e espiritualidade:
Coordenação dos debates: Reverenda Lúcia Dal Ponte Sirtole
14h30: Movimento ecumênico e seus olhares em relação às igrejas pentecostais – 15 minutos – Daniel Godoy – Doutor em Ciência da Religião (universidade metodista de São Paulo), Reitor da Faculdade Teológica Evangélica (Chile)
14h45: Igrejas pentecostais e seus olhares em relação ao movimento ecumênico – P. Gedeon Freire de Alencar: doutor em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012), Pesquisador, participante do GEPP (Grupo de Estudos do Protestantismo e Pentencostalismo) - PUC/SP CNPQ
15h00: Igreja Católica Romana: entre dois lados - Aproximações e distanciamento do movimento ecumênico e aproximações e distanciamento das igrejas pentecostais. Pe. Marcial Maçaneiro SCJ – Professor no PPGT da PUC PR.
INTERVALO
Reações às falas:
Pa. Claudete Beise Ulcrich – doutora em Teologia, área de concentração religião e educação também pelo Instituto Ecumênico de Pós Graduação da Escola Superior de Teologia, pós-doutora na Universidade Federal de Santa Catarina, professora de Teologia na graduação e na Pós-Graduacao Ciencias das Religiões na Faculdade Unida em Vitória no Espírito Santo.
Reverendo Francisco Leite – Dr em Filologia e Língua Portuguesa pela USP, Pós-doutorando em Ciência da Religião PUC/SP, moderador da igreja Presbiteriana Unida.
Ampliando a conversa: conversa em plenária
Estigmas mútuos a serem superados
Caminhos possíveis
Próximos passos
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