O papa Francisco, juntamente com o arcebispo da Cantuária, líder máximo da Comunhão Anglicana, Justin Welby, e o moderador da Igreja da Escócia, presbiteriana, Jim Wallace, assinaram conjuntamente uma mensagem apelando pela paz no Sudão do Sul, país que celebra este ano o 10° aniversário de independência – e encontra-se mergulhado em crise social e política.
Um dos trechos do texto diz:
“Infelizmente, o vosso povo continua vivendo com medo e incerteza, sem confiança de que o seu país possa realmente oferecer a 'justiça, liberdade e prosperidade' celebrada no hino nacional.”
E continua:
“Enviamos os nossos melhores votos, conscientes de que este aniversário traz à tona as lutas do passado e aponta com esperança para o futuro. [...] A vossa nação é abençoada com um potencial imenso e nós encorajamos-vos a fazer esforços ainda maiores para permitir que o vosso povo desfrute de todos os frutos da independência.”
Francisco, Welby e Wallace tinham assinado uma mensagem conjunta, no último Natal, pedindo que os líderes políticos locais desenvolvessem uma relação de confiança e fossem “mais generosos no serviço ao seu povo”.
“Desde então, ficamos satisfeitos por ver alguns pequenos progressos. Muito mais precisa de ser feito no Sudão do Sul para formar uma nação que reflita o reino de Deus, na qual a dignidade de todos seja respeitada e todos sejam reconciliados.”
Histórico
O Sudão do Sul, com uma população maioritariamente cristã, obteve a sua independência ao separar-se do Norte em 2011. No final de 2013, o país mergulhou num conflito civil causado pela rivalidade entre o presidente, Salva Kiir, e o seu então vice-presidente, Riek Machar.
A situação agravou-se nas últimas semanas, com milhares de deslocados, por causa da violência, sem acesso a alojamento, água ou alimento.
Com informações da Dom Total
Imagem: Reprodução / Cáritas do Sudão do Sul